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Turismo Consciente: como ter uma experiência de viagem diferenciada

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Sumário

Poucas coisas são mais incríveis do que viajar por aí e explorar lugares novos, não é mesmo? Todavia, assim como qualquer ação do ser humano, o turismo também deixa uma pegada ambiental que deve ser considerada e, por que não? Amenizada. 

A ideia do turismo consciente é causar o melhor impacto possível nos lugares que visitamos, respeitando o ecossistema local, a população residente, os animais, a vegetação, as águas e todos os elementos que fazem parte do destino visitado. 

Para isso, devem ser tomadas atitudes responsáveis, preservando a integridade e a cultura do local em todos os seus elementos. E quais seriam elas? Essas ações variam de coisas simples, como o descarte de lixo no espaço correto, até questões mais abstratas, como o respeito e a valorização de hábitos e tradições diferentes dos nossos. 

Essa consciência coletiva leva à preservação de patrimônios culturais e ambientais, fomentando o crescimento de economias locais, o que permite desenvolver a região de forma significativa. Afinal, apesar de nossa presença no local ser temporária, o impacto pode ser duradouro.

Mas como é possível contribuir para essa valorização e aproveitar a viagem de forma adequada através do turismo consciente? No post de hoje, trazemos alguns pontos importantes para serem lembrados sempre que estiver conhecendo novos destinos e atitudes que podem ser tomadas para preservar a região e perpetuar a experiência para outros turistas. Confira!

Por que é importante preservar a cultura e o ambiente locais?

Para além de uma ação de cidadania e respeito à natureza e ao meio ambiente, conhecer locais cuja natureza permanece intocada é uma experiência memorável e que nos aproxima de nossas raízes, de nossa história como indivíduos pertencentes a um país ou região. 

Não é à toa que, ao longo dos anos, diversas regiões repletas de belezas naturais foram consideradas pontos turísticos imperdíveis ou patrimônios da humanidade, como por exemplo a Floresta Amazônica, os cânions norte-americanos, as quedas d’água no Canadá e no Brasil, a Floresta Negra na Alemanha, as praias do Nordeste e Rio de Janeiro, etc.

No entanto, se alguns cuidados não forem tomados durante as visitas, a presença humana pode gerar o gradual desaparecimento desses recursos naturais. É importante destacar que, para além da função turística destes pontos, eles, em grande parte das vezes, são responsáveis pela economia da região, especialmente no que diz respeito à economia do turismo.

Em áreas como rios, praias e piscinas naturais, o cuidado deve ser redobrado, visto que em determinadas épocas as cidades recebem mais visitas do que a região permite, sobrecarregando os recursos do espaço e causando escassez de produtos, serviços e até mesmo suprimentos básicos, além de acarretar em uma maior falta de controle de visitação.

Isso sem falar no já presente desmatamento, em especial de áreas que tornam-se regiões de plantio agrícola ou de construções; o descarte inadequado de resíduos e a falta de tratamento dos mesmos, o que leva à poluição do solo, do ar, das águas e à ocupação de espaços que antes serviam para outras funções.

Também, há a questão da desvalorização da cultura regional, que ocorre com maior frequência quando as tradições são desprezadas por sociedades que acreditam serem superiores ou que descaracterizam práticas históricas por não se identificarem com sua reprodução.

Todas essas ações impedem que gerações futuras possam desfrutar de experiências turísticas repletas de diversidade e riquezas naturais, além de prejudicar os modos de vida das sociedades que sobrevivem com base na economia do turismo ou na exploração sustentável destes recursos.

É interessante mencionar que já existe o conceito de overtourism, o qual caracteriza o excesso de turismo em uma região que acaba prejudicando o meio ambiente e a qualidade de vida do destino, onde as próprias experiências se tornam um produto, mercantilizando a natureza e as manifestações culturais de um determinado local. 

Outros pontos que essa prática levanta são o aumento do custo de vida, especialmente dos aluguéis devido à valorização de uma região, assim como a (muitas vezes) forçada migração de habitantes originais e deterioração do meio ambiente. 

Como praticar o turismo consciente?

Algumas dicas são aquelas que aprendemos desde cedo, em casa e na escola: não jogar lixo na rua ou em lugares impróprios, não retirar flores, mudas e plantas do solo, não poluir as águas, separar o lixo reciclável do orgânico, etc. 

Outras, apesar de simples e relativamente básicas, podem ser esquecidas em algum momento. Por isso, reunimos alguns pontos que podem transformar sua experiência turística. Confira:

  1. Escolha locais menos tradicionais: é claro que vale a pena conhecer a Torre Eiffel ou o Central Park, mas considere visitar lugares que não costumam ser o centro das atenções de um país. Aproveite para conhecer os tesouros escondidos de uma região: além de proporcionarem agradáveis surpresas, certamente seu custo será infinitamente menor do que o investimento necessário para visitar as grandes capitais. Isso também contribui para o fortalecimento das economias locais e amplia trocas culturais.
  1. Evite o desperdício: seja de alimentos durante as refeições, de energia elétrica em momentos em que ela não é necessária ou, de forma ainda mais importante, desperdício de água: sabemos que ela é um recurso natural, finito e indisponível para muitas pessoas.

Outro item com o qual convivemos diariamente e nem sempre damos a devida atenção é o plástico, e durante as viagens pode ser muito conveniente comprar garrafinhas de água ao longo do percurso. Mas que tal utilizar uma garrafa reaproveitável e abastecê-la sempre que necessário? 

  1. Cuidado com os souvenirs: já é hábito retornarmos de viagens trazendo lembrancinhas para amigos e familiares, e em muitos destinos, gostamos de trazer algo exclusivo da região. Todavia, por serem produzidos em grande quantidade, muitas vezes estes itens, ao serem fabricados, causam danos à natureza ou são dela retirados sem uma proposta de conservação e preservação da área local. 

Por isso, é importante valorizar o artesanato local, que faz parte da cultura da região e favorece a economia daquela sociedade. Assim, verifique se a procedência dos produtos é local e que sua extração e consumo sejam sustentáveis, contribuindo para o fortalecimento das tradições culturais, da prosperidade econômica da região e praticando o turismo consciente.

  1. Se possível, viaje fora da alta temporada. Ao evitar multidões e preços inflacionados, além de não exigir a preocupação com reservas extremamente antecipadas, é menor a chance de que sua visita sobrecarregue o ambiente e os serviços da região. Fora das épocas mais cheias, os empreendimentos locais agradecem a presença de turistas para movimentar a economia da região, reduzindo suas dificuldades financeiras.
  1. Explore a culinária local: aproveite essa oportunidade para conhecer novos sabores e quem sabe aprender novas receitas. Os pratos típicos costumam mudar até mesmo de uma cidade para outra, então não deixe de visitar restaurantes locais e fortalecer o negócio dos trabalhadores da região.
  1. Não contribua para a exploração de animais ou pessoas. Por mais tentador que possa ser andar de elefante, camelo, nadar com golfinhos e tubarões, interagir com animais exóticos, entre outras programações, sabemos que estes animais, em grande parte das vezes, são aprisionados, domesticados, sedados e sofrem maus-tratos para que se comportem de forma a permitir a aproximação e o contato humano, o que nem sempre é natural para eles. 

O fato de haver interesse dos turistas nessas atividades é o que perpetua essas atrações. O mesmo se aplica a seres humanos: aldeias indígenas tornam-se locais de turismo e exploração de recursos, o que acaba por alterar seus hábitos, espaços e tradições para acolher visitantes. Não menos importante, alguns lugares são conhecidos pelo turismo sexual, que se baseia na exploração de mulheres e até crianças e que consiste em um crime.

  1. Informe-se sobre o background do local, entendendo questões políticas, religiosas, econômicas e culturais. Isso oferece uma melhor compreensão da realidade do lugar e permite que as informações adquiridas e os locais visitados sejam vistos por uma nova ótica, entendendo melhor a região e a razão de seus monumentos e tradições. 

Além disso, são menores as chances de você cometer alguma gafe, aumentando a probabilidade de você aproveitar a experiência como um todo.

  1. Dê preferência a empresas que pratiquem o turismo consciente. Para além de agências de viagem sérias – como a Parrachos – e que se comprometam com a preservação dos locais visitados, contrate guias locais, busque se hospedar em espaços que valorizem a cultura, mão de obra e natureza local, empregando pessoas da comunidade, apresentando costumes regionais, oferecendo passeios  e integrando-se com a natureza ao redor por meio do descarte correto de resíduos e da preservação da vegetação nativa.

O turismo consciente é a união de forças entre os estabelecimentos turísticos locais, os nativos e os visitantes, onde todos devem se responsabilizar pela preservação dos recursos e espaços e não só podem como devem se engajar no ecoturismo.

Em época de pandemia, não custa nada reforçar que prezar pela saúde e bem-estar de todos os envolvidos também é praticar o turismo consciente, evitando expor pessoas de maneira desnecessária a vírus e bactérias e prezando não só por sua saúde como um indivíduo, mas também pela saúde pública. 

Sim, o turismo gera empregos e renda, mas esse ganho não pode ser devido aos custos da degradação do espaço físico, dos hábitos e da população de uma região. Apesar de incluir o viés ecológico, o turismo consciente é uma questão mais ampla que permite uma conexão mais verdadeira e profunda com a região escolhida. 

Para aproveitar essa experiência de forma completa e consciente, entre em contato com a Parrachos e transforme seus sonhos em realidade com nossos serviços. Agende já sua próxima viagem com a gente!

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